segunda-feira, 23 de junho de 2008

Uma questão de ética - Parte I

Semana passada, li no ótimo blog Tradutor Profissional um post sobre uma questão ética que volta e meia dá as caras na rotina de qualquer profissional e considero apropriado refletir sobre o assunto.
Antes de redigir meu texto, porém, gostaria de ouvir sua opinião sobre os princípios éticos que norteiam a decisão de aceitar / recusar um projeto.

Eis, portanto, um conjunto de questões, aplicado à nossa área, para fazer você pensar:


  • Você aceitaria traduzir, editar, revisar (em resumo, participar de qualquer etapa da produção) de um texto que contradiz algum dos fundamentos da fé cristã e/ou crenças e valores pessoais?
  • Um cristão pentecostal, por exemplo, pode traduzir com imparcialidade um texto que afirma a cessação do dom de línguas na igreja atual?
  • Um tradutor de linha teológica conservadora consegue dar o melhor de si num projeto para uma denominação neopentecostal?
  • Um cristão pode / deve trabalhar para uma editora secular que publica textos com vocabulário chulo, violência, conteúdo erótico, esotérico, ateu, de outras religiões, ou simplesmente fútil?
  • E quando as divergências são mais sutis?
  • Em tempos de grande competitividade, é imprudente recusar trabalhos? É falta de profissionalismo?

Deixe seu comentário e expresse suas opiniões e estratégias para lidar com essas questões. Fique à vontade para propor outras perguntas.

Um comentário:

Alessandra disse...

Acredito que da mesma forma que um instrumento musical que foi comprado pela Igreja não serve para tocar músicas "seculares", um tradutor cristão não "serve" para traduzir textos que possam ir de encontro com suas convicções. Quando a profissão anda junto com a vida espiritual é assim que deve ser.