segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
A medida do Natal
Como você mede seu sucesso, qualidade de vida e felicidade?
( ) Pela quantidade de coisas boas que fiz por outros e por minha contribuição à sociedade.
( ) Pelo saldo na conta corrente.
( ) Pela quantidade de diplomas na parede, livros na estante ou carimbos no passaporte.
( ) Pelo número no mostrador da balança.
( ) Pela quantidade de árvores que salvei, água que economizei e lixo que reciclei.
( ) Pelo número de horas de lazer e entretenimento que desfrutei com família e amigos.
Por mais importantes que sejam alguns desses indicadores, o Natal nos convida a pensar em outras medidas: a largura, comprimento, altura e profundidade do amor de Cristo que excede todo conhecimento (Efésios 3.18).
Jesus veio ao mundo para nos dar uma vida nova, a ser dimensionada de acordo com novos parâmetros. Veio nos oferecer um amor que preenche generosamente os vazios, nos liberta da tirania dos resultados e abre nossos olhos para as implicações eternas de tudo que fazemos.
Que seu Natal seja verdadeiramente feliz e que cada dia de 2010 lhe proporcione um pouco mais de compreensão do amor imensurável de Cristo!
sábado, 10 de outubro de 2009
Valores pessoais ou preço por lauda: a escolha do texto
Quando se fala em tradução, valores e crenças, é comum ouvir perguntas como: “O profissional cristão pode traduzir um texto ... (budista, espírita, erótico, violento, etc.)?”. Se “pode” tem o sentido de “é capaz”, a resposta depende da competência do profissional. Um bom tradutor de textos literários, por exemplo, deve ser capaz de traduzir com precisão e fluência cenas de violência extrema descritas em uma obra de ficção. Se, contudo, “pode” tem o sentido de “é legítimo”, a resposta se torna mais complexa, pois depende da consciência do profissional. Um profissional que coloca seus valores pessoais acima do preço por lauda, com certeza vai pensar duas vezes antes de traduzir um texto contrário às suas crenças, sejam elas de ordem religiosa, política, moral ou de qualquer outro tipo. Um tradutor pacifista, por exemplo, irá, no mínimo, hesitar em traduzir um texto que promova o uso de armas, não obstante quanto lhe ofereçam pelo serviço.
Trago o assunto à baila não apenas por exercício teórico. Tenho refletido sobre isso com respeito ao meu trabalho nos últimos dias. Não fui contatada por uma editora de contos eróticos, nem tampouco por um periódico da Cientologia. Creio que teria sido mais fácil lidar com propostas desse tipo.
No caso em questão, a editora cristã X para a qual trabalho há vários anos enviou obra Y de autor Z.
Pontos a considerar:
a) Autor Z é o best-seller da casa, de modo que, como tradutora, sinto-me honrada por receber o trabalho.
b) Não tenho problemas com a linha geral da editora X, respeito e admiro muitos de seus profissionais e aprecio a cultura de trabalho do departamento editorial.
c) Em termos de ideologia/teologia, obra Y não é diferente de obras anteriores do autor Z.
d) Obra Y trata de questões importantes e apresenta alguns pontos positivos. Incentiva, porém, práticas que, a meu ver, se baseiam em distorções teológicas que podem exercer influência negativa sobre os leitores.
e) Já traduzi diversas obras de autor Z e deparei com o mesmo dilema, mas decidi varrê-lo para debaixo do mouse pad e não pensar no assunto.
f) Minha consciência tem me incomodado mais do que em ocasiões passadas. Até quando desejo continuar participando da propagação de uma mensagem que me parece não apenas inócua, mas, em alguns pontos, nociva?
g) Em contrapartida (e aí reside o dilema), se começar a recusar trabalhos por não concordar com a linha do autor em certos pontos da obra, creio que em breve estarei sem serviço, pois é praticamente impossível concordar com 100% daquilo que se lê em qualquer área. Ademais, não quero me transformar em uma daquelas tradutoras com ares de prima donna que exigem trezentas rosas brancas e vinte caixas de chocolate Godiva no camarim para trabalhar.
h) É importante ressaltar que não se trata apenas do medo de “perder serviços”, pois creio que editora X não deixaria de mandar trabalho se eu recusasse autor Z. Os medos são mais profundos e envolvem minha suposta reputação (como os outros me verão se eu fizer isto ou aquilo) e senso de compromisso e responsabilidade em relação aos profissionais da editora em questão.
Não escrevo para dizer que encontrei a solução para o dilema, mas para ventilar as possibilidades que consigo vislumbrar no momento:
a) Posso colocar a questão dentro da gaveta outra vez e aguardar seu reaparecimento quando a editora X solicitar outra tradução de autor Z.
b) Posso conversar com editora X e dizer que, no futuro, prefiro não traduzir textos de autor Z.
c) Posso continuar a orar e pedir sabedoria e discernimento. Em minha opinião, esta alternativa não é igual à alternativa (a), pois implica possibilidades que talvez eu não esteja enxergando no momento.
Na verdade, o dilema envolvendo a sopa de letrinhas acima é apenas um reflexo de outros questionamentos em relação ao modo como devo me posicionar em relação às realidades ao nosso redor. Graças a Deus, nenhum desses questionamentos é novidade e sei que, ao levantá-los, ando na companhia de santos de todas as eras. Ainda assim, cada um de nós precisa lidar com eles em situações de diferentes magnitudes e com diferentes implicações.
Tenho meditado sobre o primeiro capítulo de Daniel, onde o jovem cativo aceita aprender a cultura e ciência dos caldeus (provavelmente contrária às suas crenças em diversos aspectos), mas recusa seguir sua dieta. Como descendente de menonitas que viviam em colônias isoladas do restante da sociedade pecadora, também me pareceu bastante oportuno um artigo publicado recentemente no site da Christianity Today, que mostra duas maneiras de interagirmos com aquilo que entra em conflito com nossas crenças (quer no “mundo secular” ou no “mundo cristão”).
Descanso na promessa viva e real de Tiago 1:5: “Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”. A solução mais prática, como sempre, é voltar Àquele que sabe todas as coisas, inclusive os efeitos reais (positivos ou negativos) dos textos que escolho traduzir e seu lugar nos propósitos mais amplos da história da redenção, uma história na qual todos nós temos um papel.
sábado, 27 de junho de 2009
Um modo diferente de ler
Para quem trabalha em contato direto com textos o dia todo, a leitura tem funções claras: apreender a ideia mais ampla; entender o significado da unidade conceitual básica, quer seja o parágrafo, a frase ou a palavra; pensar a ideia da língua original na língua alvo; reestruturá-la na língua alvo; reler e verificar a compreensibilidade; buscar e corrigir erros de vários tipos e por aí afora.
Como parte fundamental de nosso ofício, a leitura é pragmática e, muitas vezes, feita sob a pressão do tempo, do desempenho e das cobranças pessoais e alheias, quer por necessidade ou contingência. Distanciamo-nos do texto e o observamos com olhar crítico para encontrar e eliminar suas fraquezas. É desse processo que nascem as obras claras, precisas, prazerosas de ler.
Quando lemos nos momentos de lazer, nos posicionamos diante do texto com menos pressões e, talvez, mais expectativas. Queremos que ele nos informe, entretenha, descanse, emocione, transporte para outros universos, conduza à reflexão e formação de novos conceitos. Ainda assim, muitas vezes, é inevitável detectar erros, pensar em como teríamos feito diferente, sentir uma medida de frustração pelo modo como o autor se expressou ou pelas escolhas do tradutor.
Tamanho é o poder da palavra escrita que Deus escolheu se revelar por meio dela. Qual deve ser, então, nossa abordagem diante da revelação divina em forma de texto? Deve assemelhar-se à postura que assumimos como profissionais ou como leitores e interessados? As respostas dependem do objetivo. Podemos ler a Bíblia por vários motivos, inclusive para encontrar erros, incoerências e pontos fracos, como fazem muitos. Podemos vê-la como livro de estudos, manual de instruções, relato histórico, literatura antiga, etc. Quem trabalha nos meios editoriais cristãos, muitas vezes tem contato diário com as Escrituras como texto-base para comentários bíblicos, livros de teologia e afins.
Para captar sua essência revelacional, porém, não podemos ser apenas pragmáticos ou curiosos, analíticos ou interessados.
Por ser a revelação do Ser divino, o texto bíblico exige aquilo que nenhum outro texto tem o direito de exigir: reverência, humildade, sujeição, obediência (termos que nem sempre agradam muito nossa mente pós-moderna). Em contrapartida, proporciona aquilo que nem as maiores obras-primas da literatura podem proporcionar, a saber, conhecimento verdadeiro e relacionamento com o Deus que criou e controla todas as coisas, com o Deus que oferece a eternidade ao lado dele para ampliar esse conhecimento e desenvolver esse relacionamento.
Diante disso tudo, há momentos em que precisamos colocar de lado todas as formas de leitura às quais estamos habituados e adotar um modo diferente de ler: a lectio divina.
Apesar de ser associada hoje em dia à vida monástica ou aos que adotam um estilo mais contemplativo a arte de “orar as Escrituras” era prática comum de quase todos os cristãos da antiguidade. É o que diz Luke Dysinger em sua descrição dos passos dessa forma de leitura: Accepting the Embrace of God: The Ancient Art of Lectio Divina. O texto (em inglês) é relativamente curto e apresenta com clareza quatro movimentos da leitura espiritual, que é como Eugene Peterson chama o exercício em seu livro Maravilhosa Bíblia (trad. Neyd Siqueira; Mundo Cristão, 2008).
Os movimentos são:
Lectio – Ouvir / ler o texto bíblico profundamente com todo nosso ser. Assumir uma postura de reverência e atenção em busca da palavra que Deus quer destacar para nós naquele momento.
Meditatio – Ao encontrar a palavra ou expressão que mais nos chama a atenção, devemos fazer uma pausa para “ruminar” a seu respeito, guardá-la e meditar no coração (Lucas 2.19). Por meio da meditação, permitimos que a palavra de Deus nos toque nos níveis mais profundos.
Oratio – O terceiro passo é o diálogo com Deus no qual não apenas dizemos a ele o que entendemos e como sua palavra nos tocou, mas também nos aquietamos para continuar a ouvi-lo falar. Consagramo-nos a ele e pedimos que nos ajude a aplicar a palavra.
Contemplatio – Por fim, simplesmente descansamos na presença Daquele nos convidou para esse relacionamento por meio de Cristo e, deixando todas as palavras para trás, nos aquietamos e desfrutamos sua presença.
A consequência dos quatro passos acima é Actio – a palavra se reflitirá em nossas ações e atitudes e trará mudanças reais e visíveis em todos os âmbitos, inclusive o profissional.
Converse com Deus sobre a forma como você lê a palavra de revelação. Ele criou a linguagem e a capacidade humana de compreendê-la. Ele nos convida a um relacionamento profundo por meio da comunicação escrita, mas, como sempre, também nos chama para algo que vai muito além. Da próxima vez que você fizer uma pausa para ler o texto mais importante de todos, não o faça apenas como editor, tradutor, revisor ou leitor interessado. Aproxime-se da palavra como filho que volta ao Pai, como criatura que adora ao Criador, como remido que deseja conhecer Aquele com quem os salvos vão passar a eternidade.
Boa leitura!
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Mãos
Mãos que digitam com rapidez, que clicam centenas de vezes por dia, que seguram a caneta vermelha.
Mãos que trabalham para consturir pontes de papel e tinta e unir culturas.
Mãos doloridas e cansadas no final da semana.
Mãos que precisam aprender a descansar.
Mãos cujas forças são renovadas a cada manhã.
Mãos que procuram outras mãos para traduzir em gestos o amor, a amizade, o apoio, o perdão.
Mãos formadas por Mãos Divinas muito maiores e mais fortes.
Mãos que podem esperar serenas o dia em que serão aperfeiçoadas para sempre.
Imagem: Borboleta descansa sobre minha mão (por Vanderlei Ortigoza Jr.; março/2009)
Para quem trabalhamos?
Sugiro para reflexão e, com a ajuda de Deus, aplicação, alguns trechos de mais um excelente livro de Dallas Willard: A conspiração divina (trad. Eduardo Pereira e Ferreira; Ed. Mundo Cristão, 2001).
Capítulo 8 – De como ser discípulo, ou aluno, de Jesus
A glória do meu trabalho
[...] Pense no seu trabalho, aquilo que você faz para viver. Essa é uma das maneiras mais claras de se concentrar na sua condição de discípulo de Jesus. Ser discípulo de Jesus é, essencialmente, aprender com Jesus a fazer o seu trabalho como o próprio Jesus o faria. O Novo Testamento exprime essa ideia propondo que tudo façamos “em nome de” Jesus.
Quando você pára para pensar nisso, percebe que não encarar o trabalho como local primordial de exercício do discipulado é excluir automaticamente a parte principal, se não a maior, das horas ativas da vida com Jesus. É aceitar controlar sozinho um dos seus interesses mais fortes na vida [...]
Mas como é exatamente que se faz do trabalho um aspecto essencial da condição de discípulo de Jesus? Obviamente não se tornando um cristão “chato”, o rigoroso defensor de toda decência e crítico acerbo da conduta de outros. [...]
A mansa mas firme não-cooperação com coisas que todos sabem ser erradas, aliada a um serviço sensível, não impertinente, não intrometido, não subserviente aos outros, deve ser o nosso modo habitual e declarado de agir. Isso se deve combinar com uma constante vida íntima de oração por todo tipo de atividade que o nosso trabalho exige, além de um amor genuíno por todas as pessoas envolvidas.
Assim, pontos específicos dos ensinamentos e do exemplo de Jesus – como a não-retaliação, a recusa de pressionar por vantagens financeiras [...] entrarão em ação de acordo com as circunstâncias. [...]
[...] o interesse central de Deus é o trabalho específico das pessoas [...] Ele quer o trabalho bem feito. É trabalho que precisa ser feito, e deve ser feito como o próprio Jesus o faria. Nada substitui isso. Na minha opinião, pelo menos, enquanto a pessoa está trabalhando, todas as atividades exclusivamente religiosas devem assumir um posto secundário em relação à obrigação de fazer “o serviço” com suor, inteligência e o poder de Deus. Essa é a nossa devoção a Deus. (Estou supondo, claro, que esse trabalho promove os bons propósitos humanos.) [...]
Como aprendizes de Jesus, relacionamo-nos pessoalmente com ele ao fazer o nosso trabalho, e ele está conosco, como prometeu, para nos ensinar a fazer o melhor.
[...] se você não gosta do seu trabalho, ou até o odeia, condição epidêmica na nossa sociedade, a maneira mais rápida de se livrar dele, ou de nele encontrar alegria, é fazê-lo como Jesus o faria. Isso é o próprio âmago do discipulado, e não podemos ser aprendizes competentes de Jesus sem integrar o nosso trabalho ao Reino no Meio de nós.
sábado, 25 de abril de 2009
Erros de tradução
Tempos atrás, uma leitora (Rossana, autora do blog de ótimo conteúdo Professora de Escola Dominical) comentou sobre um erro de tradução (cf. na postagem Feliz Páscoa!):
“O tradutor não entendeu um paralelo que o autor quis fazer com a linguagem das escrituras e traduziu assim: ‘O medo do autor está no começo do conhecimento literário’, quando o autor disse: ‘O temor do autor é o princípio do conhecimento literário’.
O caso que ela apontou pode, de fato, indicar uma deficiência de conhecimento da temática do texto traduzido. Há, também, a famosa “falta de cultura geral” que, tendo em vista o amplo acesso a informações nos dias de hoje, pode ser chamada de “falta de incitativa de pesquisar”.
Outras vezes, a carência é de familiaridade com o tipo de texto e a linguagem usada. Um tradutor acostumado a trabalhar com textos voltados para leitores adultos, por exemplo, terá de redobrar a atenção e os esforços ao se propor a traduzir textos para um público leitor mais jovem (minha situação no momento).
Além das questões mencionadas acima e da causa mais óbvia de erros, a saber, a falta de conhecimento da língua de origem e/ou língua-alvo da tradução, outros elementos podem levar o tradutor a cometer equívocos de vários tipos. Alguns exemplos:
- pressa (trabalhar com prazos curtos demais);
- fazer várias coisas ao mesmo tempo (traduzir e navegar, traduzir e cuidar de um cônjuge, dois filhos, três bolos assando no forno e quatro gatos correndo pela casa);
- distrações do ambiente (ruídos externos, televisão/música, os mesmos quatro gatos correndo pela casa);
- cansaço físico, mental, emocional (tensão muscular, ausência de atividades diversas, preocupação com outros assuntos);
- saturação devido a excesso de contato com o texto (especialmente no caso de projetos longos – o famoso familiarity breeds contempt).
E, por fim, convém lembrar que, apesar de ser saudável ter um olhar crítico e procurar aprender com os deslizes de outros (em outras palavras, ser criativo na hora de cometer os próprios erros e não repetir os alheios), é preciso muito cuidado para não desenvolver uma atitude excessivamente crítica. Claro que numa reunião de tradutores, revisores e outros “ores”, é impossível não trocar exemplos de “pérolas editoriais”, mas se nosso assunto é só esse, talvez seja hora de aplicarmos à vida profissional um pouco daquilo que Jesus ensinou em Mateus 7.1-5:
“Não critiquem, e assim vocês não serão criticados! Porque como vocês tratam os outros, eles também vão tratar vocês. E por que se preocupar com um cisco no olho de um irmão, quando você tem uma tábua no seu próprio olho? [...] Fingido! Livre-se da tábua primeiro, assim você poderá enxergar para ajudar seu irmão”.
E em Mateus 5.7:
“Felizes os que são amáveis e têm misericórdia dos outros, porque a eles se mostrará misericórdia”.
Eis uma lição que preciso continuar a aprender...
Se você quiser saber mais sobre a dinâmica dos erros de tradução, confira abaixo alguns trechos de um artigo do site Erudit.org. Vale a pena ler o texto completo e usá-lo como referência para ver "a tábua em nosso olho".
Understanding Why Translators Make Mistakes
Candace Séguinot
[...]
Errors and the Individual
Limitations on Processing Capacity
The primary explanation why even competent translators make mistakes is because human cognitive processing capacity is limited. Because we can only attend to so much with our conscious processes, we automatize as much as possible to leave our minds free for more difficult tasks. That means that our attention is directed to only some
of the things we are doing at the same time.
A related constraint is the fact that there are limitations on short-term memory. The psychologist George Miller's famous article put it very nicely : « The magicical number seven, plus or minus two... ». We can organize our intake so the seven or so items in fact contain items themselves, for example storing words as opposed to single letters, but there is nonetheless a limit after which memory fades. In an observational study I reported on elsewhere (Séguinot, 1989) there is some indication that professional translators may develop strategies to deal with these limitations on memory. The translator observed in that study made different kinds of error in the first part
of sentences than towards the end of the sentences. The particular kinds of error indicate that the passage from the source text to the translation was probably through the memory of the content of the source text for the first part of the sentences, but clearly more from the surface of the source text as the translator's memory began to fade. When this happened, there were more examples of interference from
the source text, more literal translation or transcoding.
[...]
Parallel Processing and Forward Planning
The translation process is not a step-by-step linear progression. When we translate, we are actually performing a number of tasks at the same time. We monitor our output and tend to correct mechanical errors as they occur. We do not search for words one at a time, wait until the search is successful, then search for a new word. The psycholinguistic research suggests that the unconscious operations involved in producing language can simultaneously pursue different options.
Our comprehension of text is also non-linear in that we are constantly making predictions about what is ahead. We do this on the basis of educated guesses. The education comes in several forms: experiences stored in the form of scripts, scenarios, frames, schema, i.e. patterns, which include knowledge about types of texts, language
patterning, and content information about the way the world operates. There is also evidence in the video-taped observational studies that translators take less time making decisions about specific translation problems that recur as it becomes obvious that the same source language usage is being repeated with the same value. This leapfrogging
is a potential source of error when the world of the source text does not unfold as expected.
[...]
Motor Aspects of Production
The pragmatics of the working situation may affect the output. The translation is produced in some form : dictated, typed, or written in longhand. These forms of production require effort from specific muscle groups and a certain amount of attention to specific termination stages such as the end of lines or tapes or screens. The indications are that certain forms of production may be more likely to induce certain
kinds of error.
[...]
There are other obvious factors that lead to a multiplication of
errors : producing translations under severe time constraints, while performing other tasks that require undivided attention (like answering the phone), in the midst of external distractions or noise.
Conclusion
To conclude, there are errors which are associated with levels of competence, errors which arise because a translator does not understand the source language or manipulate the target language well enough, etc. But there are also errors that are a normal by-product of the translation process and errors that are normal in learning to translate.
These errors can help us understand what happens when translation goes wrong, and through our understanding of these lapses, the nature of the translation processes themselves.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Feliz Páscoa!
Por meio de sua morte, Cristo oferece perdão.
Por meio de sua ressurreição, Cristo concede vida eterna.
Que essas duas verdades façam toda a diferença em nosso dia a dia.
"[Cristo] morreu uma vez pelos pecados de todos nós, pecadores culpados, embora Ele mesmo estivesse inocente de qualquer pecado em qualquer tempo, para que pudesse levar-nos em segurança de volta a Deus. [...] fomos salvos da morte e da condenação pela ressurreição de Cristo". Primeira Epístola de Pedro 3.18,21 (Bíblia Viva)
Imagem: The Glory of the Cross, Sawai Chinnawong
Publicada no blog Imago Fidei.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Vocabulário atual
About Schott's Vocab
Schott’s Vocab is a repository of unconsidered lexicographical trifles — some serious, others frivolous, some neologized, others newly newsworthy. Each day, Schott's Vocab explores news sites around the world to find words and phrases that encapsulate the times in which we live or shed light on a story of note. If language is the archives of history, as Emerson believed, then Schott’s Vocab is an attempt to index those archives on the fly.
Ben Schott is the author of “Schott’s Original Miscellany,” its two sequels, and the yearbook “Schott’s Almanac.” He is a contributing columnist to The Times’s Op-Ed page. He lives in London.
quarta-feira, 25 de março de 2009
VOLP - Novo Acordo Ortográfico
No dia 19 de março a Academia Brasileira de Letras lançou a quinta edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa que incorpora as novas normas do acordo ortográfico. Segundo o informe da ABL (veja o texto completo aqui), o volume, de 887 páginas, contém 349.737 vocábulos, apresentados sob forma de lista, por ordem alfabética, incluindo-se a classificação gramatical de cada um, além dos estrangeirismos (cerca de 1500), que aparecem na parte final da obra. A impressão foi confiada pela ABL à editora Global. Para quem, como eu, ainda está confuso com hífens e afins, pode ser uma boa aquisição.
Abaixo, dois artigos que tratam de algumas repercussões das novas normas.
Novo Acordo Ortográfico gera polêmica no Acre
(texto na íntegra para assinantes da Folha de São Paulo e UOL)
Com a mudança ortográfica, "acreanos" são agora "acrianos". "'Acriano' soa esquisito. Somos 'acreanos' há mais de cem anos, quando decidimos que não éramos bolivianos, e sim brasileiros, e conseguimos a independência. A mudança mexe nas nossas raízes históricas e cultuais", diz a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B-AC), que lidera o movimento." [...] A ABL diz considerar positivas as manifestações como esta do Acre porque, assim, a sociedade pode discutir questões relacionadas à língua. Segundo a assessoria da academia, "nunca houve no país uma discussão tão rica e profícua".
Um artigo da BBC Brasil fala das perdas e ganhos do mercado editorial com o novo arcordo:
Mercado editorial conta lucros e prejuízos com acordo ortográfico
O site da BBC Brasil traz, ainda, uma excelente sessão especial com vários textos sobre o acordo, reunindo opiniões dos dois lados do Atlântico.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Ócio quaresmal
Passou-se um mês desde que escrevi o último post aqui. Trinta dias lutando para encontrar equilíbrio entre trabalho dentro e fora do escritório (afinal, cultivar relacionamentos, cuidar da família, da casa e de nós mesmos também é trabalho) e ócio (palavra que ainda causa certa aversão por estas bandas, mesmo que seja o tal do “ócio criativo”). Convém lembrar que ócio não significa apenas “preguiça, indolência, moleza”, mas também “folga, repouso” e, mais interessante ainda, “trabalho mental agradável”.
Trabalho mental agradável pode representar coisas diferentes para pessoas diferentes quando levamos em consideração o que é agradável para nós. Podem ser leituras, sonhos, lembranças felizes e por aí afora. Que tipo de trabalho mental, porém, é agradável a Deus?
Renovação interior
Nos últimos meses, tenho lido, relido e conversado com algumas pessoas sobre o livro “A renovação do coração” (Dallas Willard, Ed. Mundo Cristão, tradução de Sueli Saraiva), excelente texto sobre formação espiritual. O capítulo 6 trata da transformação da mente, isto é, a formação espiritual e a vida reflexiva, e começa com a seguinte observação:
Da mesma forma como pela primeira vez desviamos os pensamentos de Deus, assim ocorrem os primeiros movimentos dos pensamentos em direção à renovação do coração. Os pensamentos são o lugar onde podemos e devemos começar a mudar. [...] A máxima liberdade que possuímos como seres humanos é o poder de selecionar aquilo que permitiremos ou exigiremos que habite em nossa mente. Nós não somos totalmente livres a esse respeito. Mas desfrutamos de grande liberdade aqui, e, embora “mortos em [...] transgressões e pecados”, ainda temos a capacidade e a responsabilidade de tentar reter Deus em nosso conhecimento — mesmo que apenas de maneira inadequada e vacilante. E as pessoas que agirem assim com certeza progredirão em direção a Deus, pois se buscarmos o Senhor de fato, com o máximo empenho, ele, que sempre sabe o que na realidade está em nosso coração, fará que o conheçamos de verdade.
O versículo na epígrafe do capítulo é: “Sempre tenho o Senhor diante de mim. Com ele à minha direita, não serei abalado” (Sl 16.8).
Será que sempre temos o Senhor diante de nós na forma de pensamentos a seu respeito? Confesso que grande parte do tempo, minha mente se encontra ocupada com coisas como prazos a cumprir, produtividade (laudas por dia), otimização de tempo, recursos e energia, tarefas domésticas a realizar, marido + amigos + gatos, atividades (e, infelizmente, ativismo) na igreja, yadda, yadda, yadda. Muitos desses pensamentos são legítimos, importantes e, ocasionalmente, até agradáveis. O problema é o lugar central que ocupam na mente e o fato de virem, na maior parte das vezes, desassociados da realidade de Deus.
Quaresma
Para quem não segue o calendário litúrgico, quaresma pode ser o tempo necessário para se recuperar do Carnaval e pensar em formas de se acabar na Páscoa, o próximo feriado prolongado.
Para os mais ortodoxos, porém, o intuito a quaresma (os quarenta dias entre a quarta-feira de cinzas e o domingo da Ressurreição) é proporcionar um tempo de reflexão sobre a morte e ressurreição de Cristo e as implicações práticas dessas duas realidades para o nosso quotidiano. Suspeito que, em parte, nossa dificuldade em ligar as duas coisas se deve a à falta de hábito (preguiça mental?) de pensar sobre essas questões. Permitimos que os pássaros da inquietação, desesperança, orgulho, impureza, ressentimento, ansiedade e egocentrismo não apenas voem sobre nossa cabeça, mas façam ninho dentro dela e cuidamos para que todos estejam sempre bem alimentados.
Alguns dias atrás, traduzi um comentário curto sobre a Epístola aos Efésios. A certa altura, Paulo fala do tema de sua oração pelos cristãos em Éfeso e do Deus a quem dirige essas orações:
Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! (Efésios 3.14-21)
Esta passagem traz vários termos associados à mente: “compreender”, “conhecer”, “entendimento”, “pensamos”. Paulo sabia do papel fundamental dos pensamentos em nossa formação espiritual. Afinal, os pensamentos “determinam a orientação de tudo o que fazemos e despertam os sentimentos que moldam nosso mundo e motivam nossas ações” (Willard). Paulo também sabia, porém, que não podemos transformar sozinhos nosso modo de pensar. Existem vários passos que podemos dar para ocupar nossa mente com pensamentos agradáveis a Deus que resultarão em uma vida equilibrada, segundo os padrões divinos. Não faltam livros a esse respeito (além de Willard, Eugene Peterson, Phillip Yancey, Larry Crabb, Brennan Manning, Michael Horton e vários outros autores tratam de questões ligadas direta ou indiretamente às disciplinas espirituais). MAS, somente Deus “é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos”. Somente Deus. A transformação de nosso ser interior se iniciou por iniciativa dele, tem continuidade diária pelo poder dele e “aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).
Que tal usarmos os trinta dias que faltam para a Páscoa para pensar em formas criativas de sempre ter o Senhor diante de nós? Para essa tarefa, contamos com a ajuda ao Espírito Santo, aquele que nos ensina todas as coisas e nos faz lembrar de tudo que Jesus ensinou (Jo 14.26).
Na jornada rumo a uma compreensão mais profunda da dimensão do amor de Cristo e da obra que Deus está realizando em nossa vida, continuaremos a pensar em prazos, em preço por lauda, em acordo ortográfico, em cheque especial, no que fazer para o jantar, em cursos para melhorar nossa técnica, no final de semana com amigos, na programação da igreja, no dicionário novo que custa uma fortuna, na goteira no meio da sala, no gato afiando as unhas no sofá, na dor nos punhos e nos olhos cansados. Continuaremos a pensar em tudo isso, mas dentro de um novo padrão de referência, o padrão divino revelado mais claramente entre o Natal e a Páscoa.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Sobre a tradução da Bíblia
Recebi nas últimas semanas três artigos muito interessantes da revista Christian History sobre a tradução da Bíblia. Vários dos princípios envolvidos se aplicam à nossa atividade de um modo geral. Ademais, a dedicação desses tradutores de outrora serve de inspiração nos momentos em que o trabalho é cansativo ou pode parecer irrelevante. Quando devolvemos a Deus as competências que ele nos concede, ele se encarrega de fazer nosso esforço dar frutos no tempo e à maneira dele.
O primeiro artigo fala de Cirilo e Metódio e da criação do alfabeto cirílico que possibilitou a tradução do texto bíblico para povos eslavos.
O segundo trata da tradução de Lutero, modelo para futuras traduções vernaculares.
O terceiro descreve os trabalhos de Cameron Townsend e Eugene Nida no preparo de profissionais para traduzir a Bíblia para línguas sem alfabeto escrito, uma tarefa não muito diferente da de Cirilo e Metódio.
Para quem deseja saber mais sobre a tradução da Bíblia nos dias de hoje e se envolver por meio da oração ou participação em programas curtos de estudo, vale a pena conferir o site da Wycliffe Bible Translators.
Imagem: Luther Preaches Using His Bible Translation While Imprisoned at Wartburg (Hugo Vogel, 1882).
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Should we laugh or cry?
Respostas cretinas para perguntas imbecis...
Vocês não têm raiva dessas perguntas? (As respostas são minhas; algumas dei; outras, só pensei, mas deviam estar escritas na minha cara. Não reparem. Meu humor anda péssimo ultimamente.)
- Você é tradutora (com olhar de "coitada dela...")?
- Sou.
- Nossa! E estudou pra isso?
- Não. Na verdade, como nunca gostei de matemática, não passei da 4ª série...
- Nossa! E você gosta DISSO?
- Não, detesto. Faço porque me odeio.
- Trabalha em casa, hein? Que vidão!
- É, assim posso encher o saco dos meus filhos o dia inteiro. O objetivo é exatamente este.
- Puxa, mas você consegue viver disso?
- Não. É que meu marido é rico.
- Tradutora de medicina? UAU! Que irado! Então me diz aí, tô com uma dor aqui na barriga que sobe e desce, umas pontadas. Você deve entender disso, né?
- Na verdade, não entendo, não. Eu só traduzo, não leio.
- Mas você não tem um emprego de verdade?
- Não... isso é coisa pra otário. Gosto de trabalhar de camisetão e havaianas e em empresa não dá, né?
- Puxa, mas então você tem muito tempo livre, faz seus horários, né?
- Ah, é. É ótimo. Dá pra trabalhar, levar um filho ao médico, outro pra vacinar, ir à reunião de pais na escola, cozinhar, lavar e arrumar a casa e depois ir ao curso de francês tudo num dia só. Não é o máximo?
- O chato disso deve ser a perda do contato humano, né?
- Não, acho ótimo. Odeio gente.
- Ah, então dá pra você traduzir o manual do Playstation do meu filho?
- Claro, com prazer. São R$ 0,50 por palavra.
- Credo! Tão caro assim?
- Não! Te passei o preço com desconto porque você é da família, né?
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Homenagem
O patchwork de reminiscências abaixo é uma homenagem ao meu pai, Peter Klassen, a quem devo em considerável medida minha paixão pela leitura, escrita e música.
Não era raro encontrá-lo no escritório, cercado de livros e papéis, estudando e preparando aulas e sermões enquanto ouvia música clássica num velho Akai. Sua biblioteca com milhares de volumes em várias línguas não era um santuário intocável, mas um espaço sempre acessível a todos nós. Quantas vezes não empacotamos e desempacotamos aqueles livros todos em nossas muitas mudanças! Conhecia algumas capas de cor mesmo antes de conseguir lê-las.
Aliás, uma de minhas primeiras lembranças claras da infância é de antes dos cinco anos de idade, das tardes que meu pai e eu passávamos brincando com letrinhas multicoloridas de plástico e ele me mostrava como formar palavras. Pouco mais de um ano depois, era ele quem me acordava todas as manhãs, preparava meu café da manhã e me acompanhava até a Elementary School em Portland, onde aprendi a ler, escrever, falar e pensar em inglês.
Recordo-me, ainda, das histórias que ele inventava todas as noites para o meu irmãozinho. Eram relatos emocionantes nos quais amigos fiéis com nomes engraçados corriam o mundo em busca de aventuras. Também estimulava nossa imaginação ouvindo conosco grandes compositores e nos convidando a criar cenas que combinassem com os movimentos das músicas. Como a neve caía suave no Inverno das Quatro Estações de Vivaldi! Como os exércitos marchavam determinados ao som de Wagner! E como era fácil pensar num Deus grandioso ao ouvir os Concertos de Brandenburgh de Bach!
Talvez estejam aí as sementinhas do gosto que meu irmão e eu temos por ocupações criativas...
Igualmente gravados na memória estão alguns dos esboços de sermões que ele me dava para ler antes do domingo, escritos com letras de forma em folhas de papel A4 dobradas ao meio. Eram sermões que falavam de uma teologia muito prática, repletos de metáforas e histórias vívidas que apontavam para um Deus de graça, misericórdia e amor. Houve ocasiões em que meu pai não viveu tudo que pregou. O Deus dos sermões, porém, continuou sendo o mesmo, um Pai perfeito e imutável que cuidou de mim e do meu pai humano em meio às nossas imperfeições.
Aos doze anos, quando desejei dar testemunho público de minha fé, foi papai quem me batizou.
Aos poucos, o mestre da infância tornou-se o companheiro de viagens e passeios da adolescência. Juntos, visitamos aldeias indígenas no interior do Mato Grosso do Sul, tomamos o “trem da morte”, vimos o sol se por no Pantanal e percorremos a pé caminhos poeirentos na Bolívia. Juntos, viajamos pelo norte e oeste do Paraná, parando para comer “queijo quente” em postos à beira da estrada. Juntos, visitamos museus em Chicago, vimos a Pedra de Roseta e caminhamos com dificuldade em parques cobertos de neve em Minneapolis. Juntos, fomos a incontáveis partidas de futebol e jogamos basquete nas quadras do parque do Ibirapuera.
Ciumento, ele espantava qualquer namorado em potencial, mas, quando encontrei minha “alma gêmea”, fez questão de conduzir meu noivo e eu ao fazermos nossos votos de casamento e trocarmos alianças.
E, em novembro passado, quando meu irmão e sua noiva trocaram votos semelhantes, papai estava lá, alegre e orgulhoso. Passou quase todo o tempo conversando conosco e falando de seus planos para os próximos meses. No fim da festa, nos despedimos dele com carinho, sem saber que seria a última vez que o veríamos.
Papai faleceu na noite de 22 de dezembro de 2008.
De lá para cá, o Espírito Santo, o “Tradutor Supremo”, tem traduzido nosso pranto de saudades e expectativas frustradas em orações de gratidão a Deus por tantas boas memórias.
Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança.
Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei jamais abalado.
De Deus dependem a minha salvação e a minha glória; estão em Deus a minha forte rocha e o meu refúgio.
Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio.
Salmo 62.5-8
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Bulletin Board
Repasso, abaixo, as informações que recebi sobre a conferência internacional de interpretação INTERPRETA 2009:
Com grande satisfação, anunciamos a abertura das inscrições para a 2ª Conferência Internacional de Interpretação INTERPRETA2009 que estará sendo realizada na cidade de Mendoza, de 26 a 28 de junho de 2009 no Sheraton Mendoza Hotel.
No link que incluímos, www.interpreta-conference.org, entre outras informações, poderão ver o programa preliminar da conferência, a lista de oradores e seus CVs e fotos, o formulário de inscrição (nesta oportunidade a inscrição será feita exclusivamente on-line), e a tabela de preços da inscrição, de acordo com as datas. O prazo para pagamento do primeiro segmento é 15 de janeiro de 2009.
A Web site estará sendo atualizada constantemente. Posteriormente aparecerá a versão em inglês, os níveis de patrocínio, logotipos de patrocinadores e da clientela, os assuntos definidos dos oradores, os novos oradores confirmados, etc.
Para aqueles que desejarem ler sobre como foi a Interpreta2007, recomendamos clicar encima do ícone da Interpreta 2007 em www.interpreta-conference.org
Atenciosamente,
José Luis Villanueva Senchuk, presidente
Lucille Barnes, co-presidenta