segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Quem trabalha conosco?

Alguém me disse que traduzir é um trabalho solitário. Sem dúvida, o tradutor que presta serviços para editoras passa bastante tempo sozinho, mas, ainda assim, faz parte de uma equipe de produção. Talvez não tenha contato pessoal com os outros membros dessa equipe, mas eles estão lá, se empenhando a cada dia em inúmeras tarefas de grande importância - afinal, nossos arquivos do Word não se transformam em livros publicados num passe de mágica. Além do editor, uma das pessoas com as quais o tradutor costuma ter contato direto é o assistente editorial. A Miriam de Assis, minha colega na Editora Mundo Cristão concordou em descrever para nós o trabalho desse profissional e sua relação com o tradutor. Meus sinceros agradecimentos à Miriam por nos ajudar a entender que, mesmo trabalhando sozinhos, não somos solitários. Se nosso nome aparece no expediente (e o pagamento aparece em nossa conta bancária...), é porque vários outros profissionais fizeram a parte deles.

O assistente editorial

Eu costumo dizer que meu trabalho é a parte burocrática do departamento editorial. Sou responsável pela emissão de contratos e distribuição de documentos que passam pelo departamento. Minha rotina de trabalho consiste em fazer a programação dos pagamentos dos prestadores de serviços que colaboraram na elaboração do livro. Razão esta que me faz ter muito contato com tradutor, revisor, diagramador e capista. Entre algumas de minhas tarefas de trabalho estão: Solicitação de ficha catalográfica do livro e ISBN. Quando faço esses pedidos “burocráticos” tenho a preocupação de mencionar corretamente o nome do tradutor para que ele obtenha o crédito que lhe é por direito.

Eu não sou responsável pela escolha do tradutor, mas sou responsável por enviar a obra a ser traduzida e acompanhar o prazo combinado para tradução. Para mim, o papel do tradutor é tão importante, pois expressa com profundidade o que o autor escreveu. O tradutor transmite todo o pensamento e anseio do autor, ele é o causador do efeito produzido no coração e espírito de um leitor, que lê uma obra e se identifica e se desenvolve com a leitura. As atribuições do tradutor são indispensáveis para a qualidade da obra e a paixão com que ele traduz o livro faz o resultado ser promissor.

Meu contato com os tradutores é “virtual”, ou seja, tratamos e resolvemos todas as questões administrativas por e-mail. Mas, mesmo sendo uma relação “distante” me sinto muito próxima por participar dos detalhes para o cumprimento do trabalho. A comunicação é fundamental para a realização do nosso trabalho, e isso promove um elo de amizade e cuidado mútuo.

Para todo o trabalho fluir é essencial que eu tenha uma visão holística de processos, senso apurado de organização e de planejamento de tarefas e engajamento nos objetivos traçados pela equipe, sendo flexível, cordial e exercendo cooperatividade e habilidade relacional. Eu sou a “ponte” entre os colaboradores externos (tradutores) e internos (editor) no que se refere às necessidades e/ou dúvidas surgidas.

O contato que preciso manter com os tradutores gera um vínculo muito significativo para mim, pelo fato de participar de um projeto que é cuidadosamente planejado para ser executado com excelência em todas as etapas, e esse trabalho começa na tradução da obra.

Minha maior satisfação é encaminhar para o tradutor a obra finalizada (o livro impresso) e ler os comentários dos leitores sobre as obras, para mim é gratificante fazer parte deste trabalho, ver estampado no livro os nomes das pessoas que cooperaram com dedicação e empenho para a execução do projeto.

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