sábado, 20 de dezembro de 2008

Minha casa é sua casa


Cristo tornou-se um ser humano, e morou aqui na terra entre nós - João 1.14.


No Natal, recordamos que Cristo veio comer e beber, conversar e rir, cantar e dançar conosco. Veio sentir nossas dores e cansaço, tratar das enfermidades do corpo e da alma. Acima de tudo, veio nos dar vida sem fim.


Antes de voltar ao seu lar, ele prometeu: Existem muitas moradas lá onde meu Pai mora, e Eu vou preparar algumas para vocês [...] para que possam estar sempre comigo onde Eu estiver – João 14.3.


Cristo veio morar conosco por algum tempo para que, um dia, possamos morar com ele para sempre.


Em tempos de grande incerteza, temos a oferta de uma habitação permanente. Que possamos aceitá-la de todo coração e nos preparar para o dia em que mudaremos de endereço de uma vez por todas.


Um Feliz Natal para você e sua família!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Tradução: O preço por lauda é...

Várias pessoas entram no blog à procura de informações sobre o preço por lauda de tradução.
Os dados que forneço se referem à minha área específica de atuação (textos sobre teologia, história e espiritualidade para editoras cristãs).
Os valores abaixo foram atualizados em 10 de outubro de 2009.

A forma de contagem de laudas varia de uma editora para outra.
Em algumas editoras, a lauda corresponde a 1200 toques com espaços.
O preço por lauda, nesse caso, fica entre R$ 10,00 e 15,00, dependendo do grau de dificuldade e tamanho do projeto. Trabalhos urgentes e/ou que exigem mais pesquisa podem chegar a R$20,00 a lauda.

Em outras editoras, a lauda corresponde a 250 palavras.
O preço por lauda, nesse caso, pode ficar entre $16,00 e 22,00 de acordo com as condições mencionadas acima.

Dependendo do valor por lauda, o método de cálculo não resulta em grandes diferenças.
Por exemplo um texto com 11.381 palavras e 68.236 toques com espaços:
11.381 /250 = 45,5 laudas X R$ 19 = R$ 864,50.

68.236 / 1200 = 56,8 laudas X R$ 15 = R$ 852,95.


Os valores acima são, obviamente, apenas uma referência e não uma tabela de preços. É necessário avaliar cada projeto separadamente e negociar dentro das possibilidades da editora e das expectativas do profissional.
A maioria das editoras paga à vista mediante a entrega do trabalho e apresentação da nota fiscal.


sábado, 22 de novembro de 2008

Ação de graças

O texto abaixo, escrito pelo amigo e pastor Rev. Hugo Aníbal Moura, convida a uma reflexão muito apropriada ao nos prepararmos para o dia de Ação de Graças.


Em tudo daí graças

(1ª Tessalonicenses 5.18)

Terminada a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) e revelados os horrores dos campos de concentração nazistas, tragicamente simbolizados em Auschwitz-Birkenau, os céticos perguntaram: “Ainda faz sentido falar de Deus depois disso?”. E os cristãos responderam: “Por acaso, pode se deixar de falar de Deus depois disso?”

Com efeito, os horrores da guerra e da violência jamais representam ausência, impotência e/ou inutilidade de Deus. Pelo contrário, os males terríveis que assolam a humanidade desde a Queda são produzidos por uma humanidade apartada de Deus, contra Deus.

De fato, nem Hitler, nem Stalin, nem Idi Amim Dada nunca se apresentaram como vindos da parte de Deus; nem o ódio que eles promoveram representavam a vontade de Deus para a humanidade. Nem sequer mesmo aqueles “protestantes”, membros da Ku Klux Klan e defensores do Apartheid, são de Deus. Afinal, Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. (Jr 29.11)

Dessa forma, o que vem do Alto são boas dádivas (Tg 1.17). Portanto, na próxima quinta-feira, 27.11.08, Dia de Ação de Graças, lembre-se de levantar uma prece de agradecimento ao Senhor por tudo o que Ele tem feito de bom na sua vida, e por ter sempre impedido o triunfo do mal. Não fosse o Senhor que esteve ao nosso lado! (Sl 124.1)

Hugo Aníbal Moura

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O outro lado da moeda

Ao mesmo tempo em que representantes de editoras seculares e cristãs brasileiras percorriam os corredores da feira de Frankfurt, ofereciam seus lances nos leilões ou se engalfinhavam nos estandes para adquirir os direitos de tradução de livros estrangeiros, especialmente norte-americanos, a maioria dos representantes das editoras dos EUA nem passava perto de estandes estrangeiros. A diferença de roteiros dentro do pavilhão da feira se deveu a motivos culturais que, obviamente, tem implicações financeiras.
Enquanto no Brasil o público leitor muitas vezes prefere autores estrangeiros, a maioria dos leitores norte-americanos nem os conhece. E, enquanto para muitas editoras daqui é (ou pelo menos costumava ser) financeiramente mais vantajoso produzir um livro traduzido do que garimpar e polir autores nacionais, parte considerável do mercado editorial norte-americano olha para autores estrangeiros com sua habitual desconfiança xenofóbica.
Abaixo, alguns trechos de um artigo do New York Times que trata desse assunto.
Fazendo um parêntese, seria bom nos recordarmos que, infelizmente, na hora das negociações, editoras seculares e cristãs com frequência não apresentam padrões éticos e comportamento muito diferentes. Como diz a velha canção de Steve Taylor, "It's a jungle out there / Used to be a garden / But the times got rough / And now all those innocent hearts have hardened".

Não custa nada nos lembrarmos em nossas orações de todos os colegas cristãos que enfrentam diariamente inúmeros desafios de ordem ética e moral na hora de escolher os livros a serem publicados, negociar a aquisição de direitos de títulos estrangeiros e selecionar autores nacionais.
Que Deus os ajude a operar de acordo com um conjunto diferente de valores, segundo padrões que são determinados por Alguém muito mais importante que editoras e agentes literários e muito mais poderoso que as forças do mercado nacional e internacional.
Que esse Deus soberano que prometeu suprir todas as nossas necessidades fortaleça, abençoe e recompense quem escolhe viver como verdadeiro discípulo de Cristo não apenas dentro da igreja, mas também entre as quatro paredes do escritório e nos corredores e estandes de uma feira.


Translation Is Foreign to U.S. Publishers

By MOTOKO RICH

Published: October 17, 2008

It is a commonly held assumption that Americans don’t like to read authors who write in languages they don’t understand. That belief persists here in Frankfurt, where publishers from 100 countries show off a smorgasbord of their best — or at least best-selling — books. [...]

Although there are exceptions among the big publishing houses, the editors from the United States are generally more likely to bid on other hyped American or British titles than to look for new literature in the international halls. [...]

That apparent dearth of literature in translation in the United States was the subject of controversial remarks by Horace Engdahl, the permanent secretary of the Swedish Academy, the organization that awards the Nobel Prize, a week before the prize did not go to an American.

“The U.S. is too isolated, too insular,” Mr. Engdahl said in an interview with The Associated Press. “They don’t translate enough and don’t really participate in the big dialogue of literature.” [...]

Mr. Godine, who has been running his publishing house for 38 years, said he published foreign authors because it gave his tiny press literary credibility. But he said there was also a basic economic reason.

“When you look at how much is paid for a mediocre midlist author” in the United States, he said, “and how much you have to pay to get a world-class author who has been translated into 18 languages, it is ridiculous that more people don’t invest in buying great literature.” Mr. Godine said he had purchased the rights to a foreign book for as little as $2,000. [...]

To help spur more translations, government-sponsored cultural agencies in Europe and elsewhere subsidize — or fully cover — the cost of translating books into English. [...]

“The translation costs are often a deterrent or a reason not to translate a book,” Ms. Ramael said.

Some of the larger American publishers said monolingual editors fear making risky buying decisions based on short translated excerpts.

“It is hard enough to publish a book when you have read the whole thing and know you love it,” said Michael Pietsch, publisher of Little, Brown, as he sat in his company’s booth waiting for his next appointment.

There is also the oft-repeated American maxim that books in translation don’t sell. [...]

American publishers devoted to translating say there is no shortage of gems. On Thursday Mr. Post of Open Letter eagerly plunged into one of the international halls, plucking brochures of translated English excerpts from stands hosted by cultural agencies from Croatia, Latvia, Poland, China and Korea.

Frankfurt, he said, is about renewing contacts with people whose judgment he trusts and who can help him winnow the hundreds of titles he hears about here and elsewhere.

For his part, Mr. Godine said Frankfurt helped him discover, among many others, the Nobel-winning Mr. Le Clézio. “Even a blind squirrel eventually finds a nut,” he said.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Tradução e meditação


Ao contrário do que muita gente pensa, a prática da meditação não tem vínculos apenas com as religiões orientais. A tradição judaico-cristã é extremamente rica nesse sentido, como se pode ver em passagens bíblicas que nos instruem a nos aquietarmos (Êx 14.3; Sl 46.10), nos convidam a meditarmos sobre a Palavra (Js 1.8; Sl 19.14; 27.4; 104.34; 119.97) e dizem o que deve ocupar nossos pensamentos (Fp 4.8). A meditação é uma das disciplinas espirituais que, junto com a oração, a leitura e memorização da Palavra, o jejum, o silêncio e outras práticas, nos ajuda a focalizar o que é importante de fato.


O que meditar tem a ver com traduzir? A ligação entre as duas coisas não é e nem deve ser direta. Meditar no sentido bíblico não vai ajudar ninguém, automaticamente, a traduzir melhor, “mentalizar” novos projetos ou encontrar um happy place quando os prazos estão estourando e as páginas do original parecem procriar enquanto você não está olhando.

Meditar envolve tirar da mente todas as distrações, que hoje em dia não são poucas, e discipliná-la de modo a nos tornarmos atentos e receptivos para aquilo que Deus está dizendo e fazendo em nós e ao nosso redor. É, primeiro, fechar as cinco janelas, com vinte abas cada uma, do nosso browser interior e, depois, deixar que Deus guie nossos pensamentos para uma coisa só. Fácil? De jeito nenhum!


Aquietar-se requer prática, repetição, perseverança e, sobretudo, a intervenção direta do Espírito de Deus agindo em nosso coração. Nós simplesmente nos apresentamos a Deus a cada dia e cumprimos a parte que nos cabe de “limpar a área” para que Deus comece a transformar nossos pensamentos, sentimentos, ações e atitudes.


Ao longo desse processo, descobrimos consequências que, por mais maravilhosas que sejam, nunca devem constituir nosso objetivo central e final. Maior capacidade de concentração, serenidade, disciplina, capacidade de fazer escolhas mais sensatas, uma mente descansada e alerta, boa disposição – o sonho de todo bom tradutor – podem ser alguns dos frutos secundários da meditação. Na verdade, contudo, decorrem de um coração que, por meio da intervenção de Deus e das disciplinas espirituais, aprendeu a centrar-se nas coisas certas.


A meditação é um instrumento que pode, em última análise, nos tornar mais eficientes, competentes e saudáveis. Mas, deixar que Deus transforme nossa vida por meio desse instrumento também pode nos levar a perceber que devemos traduzir menos páginas por dia, assinar menos contratos, negociar o preço das laudas de forma diferente, mudar o modo de nos relacionarmos com editores e clientes.


O desafio é grande e um tanto assustador. O caminho é longo e requer perseverança. Mas é Deus quem controla o processo e nos guia na jornada. Ele também provê pessoas que podem nos ajudar a entender os detalhes dessa caminhada. No momento, estou tentando entender melhor alguns desses detalhes através de livros como Maravilhosa Bíblia (Eugene Peterson), A renovação do coração e A grande omissão (ambos do Dallas Willard). E, alguns dias atrás, recebi um convite que gostaria de repassar aqui. Trata-se de uma vivência de iniciação à meditação. Participei dessa vivência uns três anos atrás e trago comigo até hoje os recursos preciosos que aprendi naquele dia. Valeu a pena e serviu para "abrir o apetite" para novas disciplinas e descobertas.


Iniciação à meditação

Vivência com Margarete de Lourdes Bonuccelli


01 de novembro/08

Do que se trata: Meditar é uma prática reconhecida por proporcionar grande receptividade e elaboração de vivências psíquicas e espirituais profundas. Requer uma atitude de se aquietar, recolher-se intimamente e distanciar-se de ruídos e internos. Muito indicado para homens e mulheres sob estresse, depressão e transtornos afetivos, marcas de nosso tempo veloz e impessoal.

Proposta do encontro: Conscientizar os participantes sobre resiliência psíquica e espiritual. Prover iniciação prática em liturgia pessoal, na arte meditativa e de exercícios espirituais, referenciados na tradição bíblica, como um processo de melhora na qualidade da saúde mental, emocional e física.

A quem se destina : Aberto a quem busca crescimento pessoal e que deseja iniciar processo de revisão de vida e de relacionamentos.

Forma de desenvolvimento: Breves exposições pontuais, trabalhos em pequenos grupos, auto-observação, registros e expressão com materiais, compartilhamento. Será fornecido material sobre o tema e instruções para continuidade individual.

Data : 01 de novembro/08 - Das 08h30 às 18h00 (incluso coffee-breaks e almoço).

Será fornecido material sobre o tema e instruções para continuidade.

Local: Lareira São José - Centro Comunitário Passionista São José

Rua Antônio Simplício, nº 05 - Jardim Tremembé CEP: 02354-290 – São Paulo – SP.
Tel. (0**11) 2203-2101

Investimento: R$200,00/pessoa (R$100,00 na inscrição + R$100,00 na chegada da Vivência).

Inscrição: Ligue para fone 11-5579.5475 ou enderece E-mail para: bonuccelli@bol.com.br solicitando inscrição. Será confirmada mediante crédito no Bradesco, ag. 3450-9, conta poupança 1.000.415-2 em nome de Margarete Bonuccelli – CPF. 056.174.018-66.

Direção: MARGARETE DE LOURDES BONUCCELLI - CRP 06-34346


  • Psicóloga clínica há 18 anos em atendimento de crianças, adolescentes e adultos e família
  • Argilina
  • Palestrante na área educacional e psicológica – Colégio Humboldt e Colégio Luterano, São Paulo
  • Coordenadora de vivências meditativas e terapêuticas – (auto-estima e encontro com a alma).

E-mail: bonuccelli@bol.com.br - Fone 11-5579.5475

Consultório: Rua Madre Cabrini 186, sala 2- metrô Vila Mariana, São Paulo.


terça-feira, 14 de outubro de 2008

Bulletin Board


Prezados colegas tradutores e/ou intérpretes,

Segue abaixo convite do Ministério da Cultura para o Fórum Nacional de Direito Autoral que será realizado nos dias 27 e 28 de outubro de 2008, no Hotel Othon Palace, no Rio de Janeiro.
A inscrição para o seminário é gratuita e pode ser efetuada pela internet na página www.cultura.gov.br/direito_autoral, ou pelos telefones (61) 3037-6563 e 3037-6564.
A Abrates (Associação Brasileira de Tradutores e Intérpretes) fará uma apresentação no Fórum, em 27/out/08 (2af), na Mesa 03 (16h45min às 19h) cujo tema é: autores de obras literárias e contratos de edição.
Desejamos nos certificar de que a participação da Abrates no Fórum seja representativa dos anseios de tradutores e intérpretes; portanto, para concluir a preparação sobre o assunto, iniciada pelo blog "assinado:tradutores", convidamos os interessados para um encontro virtual em sala gentilmente cedida pelo Aulavox, no dia 14/out/08 (3af), no horário de 15h30min às 16h30min. Encaminhe seu nome e email para abrates@abrates.com.br e enviaremos o link de acesso à sala.
Participe e contribua para o fortalecimento de nossa categoria profissional.
Cordialmente,
Sheyla Barretto de Carvalho - Presidente Associação Brasileira de Tradutores e Intérpretes
www.abrates.com.br

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Rosh Hashanah e Dia do Tradutor


Além de ser Dia do Tradutor, hoje também é Rosh Hashanah, o Ano Novo dos judeus.

De acordo com as crenças judaicas, a cada Rosh Hashanah Deus reavalia sua criação é decide se ela merece outro ano neste mundo. Todos são julgados pelo Criador com base naquilo que fizeram no ano anterior. Deus registra o julgamento e determina se o próximo ano será de bênção ou disciplina. Apesar de ser escrito no livro de Deus em Rosh Hashanah, esse julgamento só é selado dez dias depois, em Yom Kippur, o Dia da Expiação, daí o costume de usar, nessa época, uma saudação especial: “Que você seja escrito e selado para um bom ano”.

Durante esses dez dias, todos podem refletir sobre como melhorar seu julgamento através de três atos: Arrependimento, Oração e Caridade. O arrependimento implica verdadeiro pesar, remorso pelo passado e um compromisso de mudança para o futuro. A oração fervorosa e os atos de bondade contam pontos positivos e, se realizados com sinceridade, podem levar Deus a fazer um “upgrade” da situação espiritual do indivíduo.

O apóstolo Paulo chama isso de “obras da lei” e diz: “O homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado” (Gálatas 2.16).

Se você imagina que a idéia de salvação por obras é exclusividade dos judeus, talvez convenha analisar se, de vez em quando, não faz uma coisa aqui e outra ali só para marcar uns pontos no placar celestial...


Além da retrospectiva do ano, um dos elementos característicos da comemoração de Rosh Hashanah é o chofar, um chifre de carneiro que, ao ser soprado, emite vários tipos de som. O toque do chofar nas cerimônias de Rosh Hashanah serve para:

  • Proclamar que Deus é o Rei do Universo.
  • Despertar o espírito que anda meio “cochilando”.
  • Expressar uma súplica profunda da alma humana a Deus.

Diante dos propósitos acima, podemos perguntar:

  • Estamos vivendo de acordo com a realidade do controle soberano de Deus sobre tudo que acontece em nossa vida e no mundo? Que diferença isso faz para nós?
  • Será que nosso espírito está acordado para se relacionar com Deus, ou anda meio distraído com uma porção de outras coisas?
  • Nossa alma suplica (pede com humildade e anseio) para permanecer na presença de Deus? Ele é tudo o que mais queremos?

Outro costume de Ano Novo judeu consiste em mergulhar um pedaço de maçã no mel e dizer antes de comer: “Que o novo ano seja bom e doce”.

Se a pessoa deseja que o ano novo seja bom, por que pedir também que seja doce?

O pedido por um bom ano novo é mais um reconhecimento do que um desejo, pois Deus é bom, tudo o que vem das mãos dele é bom e tudo o que ele faz ou permite que aconteça em nossa vida é bom. “O Senhor é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras” (Salmo 145.9).

Infelizmente, nem sempre nossos olhos são capazes de enxergar essa bondade e, muitas vezes, nosso coração também não quer aceitá-la. Por isso, é costume pedir um ano doce. Quando nos lembramos que Deus está sempre operando para o nosso bem, até as situações mais adversas adquirem certa doçura, pois percebemos o carinho do Pai em meio às dificuldades. Ao aceitarmos o cuidado que Deus manifesta em suas bênçãos e disciplinas, não praticamos o arrependimento, a oração e a caridade por obrigação, mas sim, como resposta de gratidão à doçura do amor divino.

Que você possa receber o perdão oferecido por meio de Jesus Cristo e se lembrar de que, ao fazê-lo, o seu nome estará registrado e selado para passar a eternidade com Deus.

Que o chofar do Espírito Santo desperte o seu espírito para tudo que é verdadeiramente importante.

E que você possa se lembrar da doçura do amor de Deus a cada dia.

Um alegre Rosh Hashanah e feliz Dia do Tradutor!


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O definitivo e o temporário

Enquanto relia alguns trechos do livro A Teologia do Século 20 (Ed. Cultura Cristã, 2003) e encontrava uma porção de defeitos no meu próprio trabalho de tradução, me deparei com uma passagem sobre Dietrich Bonhoeffer. Nascido em Breslau em 4 de fevereiro de 1906, o pastor e teólogo alemão foi morto no campo de extermínio de Flossenburg na madrugada de 9 de abril de 1945, poucos dias antes de os Aliados libertarem os prisioneiros daquele campo. Sua vida curta foi marcada não apenas pelos trabalhos acadêmicos, mas pelo anseio por ser um verdadeiro discípulo de Cristo em tempos conturbados e pelo envolvimento com a realidade ao seu redor.

Desde muito jovem, Bonhoeffer havia se interessado pela teologia. No final, porém, descobriu que havia sido chamado para outra vocação, aquela de sacrificar sua vida pela fé.

Vários aspectos de seus estudos teológicos continuam sendo relevantes nos dias de hoje. A passagem que me chamou a atenção trata especificamente do definitivo e do temporário:

Bonhoeffer combinou esses dois aspectos do discipulado cristão através do uso inspirado dos conceitos de “disciplina secreta” e seu par, a relação integral entre “definitivo” e “temporário”, sendo a segunda idéia a de mais fácil compreensão.

Para Bonhoeffer, há uma ligação íntima entre a realidade eterna e o mundo presente. Esse relacionamento significa que o cristão deve evitar os erros da completa rejeição ou completa aprovacação do mundo presente (isto é, temporário). Os cristãos devem viver como aqueles que pertencem completamente a este mundo temporário. Ao fazê-lo, entretanto, devem sempre ter em vista que Cristo é o Senhor do mundo e que o agir de Deus se manifesta na vida diária. O definitivo é que dá sentido ao temporário. Portanto, Bonhoeffer chamava os cristãos a se envolverem na vida dentro do mundo com uma visão da realidade definitiva, que é Deus e a intenção de Deus de oferecer justificação ao crente. Desse modo, a vida cristã no mundo torna-se “participação no encontro de Cristo com o mundo”, no sentido de que “em Cristo, a realidade de Deus encontra a realidade do mundo” (pg. 184).

O definitivo é que dá sentido ao temporário.


Que possamos ter essas palavras em mente ao negociar prazos de jobs, assinar contratos, tomar decisões profissionais e pessoais, sair às compras e cuidar dos nossos afazeres diários.


sábado, 20 de setembro de 2008

Bulletin Board


Repasso abaixo alguns avisos que recebi esta semana de colegas tradutores.


Como alguns de vocês provavelmente já sabem, há algum tempo a colega Denise Bottmann (copiada nesta mensagem) lançou o blog "assinado-tradutores" com o objetivo inicial de denunciar fraudes em traduções (publicação de traduções plagiadas). Denise vem conduzindo o assunto com determinação e empenho, e convida os associados da Abrates a apoiar essa iniciativa e outras tantas apresentadas pelo "assinado-tradutores", todas elas favoráveis ao profissional da tradução.
Nos dia 27 e 28 de outubro, o Ministério da Cultura (Minc) realizará o Fórum Nacional do Direito Autoral, no Rio de Janeiro. O Fórum terá seis câmaras setoriais, sendo uma delas sobre tradução. O Minc convidou os representantes do "assinado-tradutores" para participar da Câmara sobre Tradução e Denise nos repassou o convite para integrar o debate. A idéia da Denise é levar uma pauta com as propostas dos tradutores quanto à alterações que desejamos ver na Lei de Direitos Autorais.
Assim, convidamos os associados interessados no tema a encaminhar para a Abrates até 3af, dia 23/set/08, suas sugestões e reflexões, para que possamos alinhar nossos pensamentos e delinear uma pauta de propostas juntamente com o "assinado-tradutores", pauta essa a ser apresentada durante o Fórum Nacional do Direito Autoral.
Aproveitamos ainda para encaminhar link recebido de Denise Bottmann com notícia de plágio sobre o trabalho de Monteiro Lobato: http://assinado-tradutores.blogspot.com/2008/09/monteiro-lobato.html

Abraço cordial de
Sheyla Barretto de Carvalho - Presidente
Associação Brasileira de Tradutores e Intérpretes

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Estamos oferecendo duas oportunidades de aperfeiçoamento para que você se destaque no acirrado mercado de traduções:
  1. Todo tradutor é um escritor e deve afiar sua principal ferramenta de trabalho: a redação na língua de chegada. A oficina Ser Escritor será realizada em São Paulo, no dia 27 de setembro, um sábado. O orientador será o Prof. Dr. Gabriel Perissé, autor de mais de uma dezena de livros, Mestre em Literatura Brasileira e Doutor em Educação pela USP. Conheça-o aqui. O valor do investimento é de 159 reais para quem se inscrever até dia 21 de setembro. A partir do dia 22 o valor passará para 198 reais.
    Aqui você terá todas as informações sobre conteúdo, local, horário e inscrição.

  2. Diante do grande sucesso de sua última edição em julho, estamos reeditando o curso Tradução e Versão de Artigos Científicos em Inglês, agora totalmente dirigido ao profissional de tradução. Será em São Paulo, nos dias 3, 4 e 5 de outubro (noite de sexta, sábado e manhã de domingo). A orientadora é a Profa. Dra. Ana Julia Perroti-Garcia, graduada em Odontologia, Especialista em Tradução pela USP e autora de seis dicionários dirigidos à tradução. Conheça-a aqui. O valor do investimento é de 329 reais para quem se inscrever até dia 28 de setembro. Do dia 29 em diante, as inscrições custarão 390 reais.
    Aqui você terá todas as informações sobre conteúdo, local, horário e inscrição.
As modalidades de pagamento são várias, incluindo parcelamento em cartão de crédito e cheque. Obtenha informações e faça sua inscrição pelo site www.malkcursos.com.br. Mas se precisar falar conosco, use nosso MSN (malkcursos@hotmail.com). Caso prefira falar por telefone, ligue para (11) 3774-9622 em horário comercial.
Um abraço,
Robinson Malkomes
Malk Comunicação Ltda

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Acordo Ortográfico

Graças a um clipping do Publishnews, finalmente encontrei informações completas sobre o acordo ortográfico que deve entrar em vigor em 2009. A página de educação do IG traz uma seção especial com artigos sobre o assunto e guia com todas as alterações. Enjoy!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Falar e escrever melhor em inglês (e em português também)


Para quem trabalha com versões ou simplesmente deseja melhorar sua comunicação em inglês, algumas dicas da BBC.
Para ver a lista completa, clique aqui. O guia de estilo de redação da BBC está disponível em formato pdf e também traz várias informações úteis.


Observe no item 5 que o hábito detestável de usar apóstrofe para formar plurais não é "privilégio" dos brasileiros.

Algum problema de uso do português (gramática, pronúncia, grafia) na comunicação diária incomoda você? Compartilhe!
Exemplos clássicos: "Vou pegar ela", "para mim fazer", "da vez passada", "adevogado", "opição", "o soja", "o alface"...


20 examples of grammar misuse

Grammar just ain't what it used to be, it seems. When we explained the difference between "fewer" and "less than", following Tesco's policy shift on this matter, readers told us what grammar rules they see being flouted or find confusing. The list was a long one. Here are the best.

1. The one that really annoys me is how people suddenly seem to confuse "have" and "of", as in: "I could of learnt how to write properly." There's no excuse for it!
Pete, Sheffield

[...]

4. If you do something to change a situation, then you "effect" a change. If your circumstances are changed by an action, then the change has caused an "effect". You cannot "affect" a change in something, nor can you be "effected" by one.
Rob, Lyme Regis

5. I get annoyed at the reckless use of apostrophes, for example, the plural of CD can't be CD's.
Shahed Alam, London

6. Many people, including public speakers, incorrectly use "I" instead of "me". For instance, they would say "She said some very kind things about George and I", thinking that they are being polite or grammatically correct. An easy way to remember which to use is: if you would say him or her on its own, use me; if you would say he or she on its own, use I. For example, "She said some very kind things about him".
Lorraine, Aylesbury

[...]

8. How about "none of them is" and "none of them are"? Most people would use the latter whereas the former is correct. "None" is short for "not one" therefore "not one (none) of them is" would be used. Most newsreaders still get it right though - on the BBC anyway!
Emily, Bristol

NOTE: Fowler's Modern English Usage says that "none" is not short for "not one" and although using a singular verb is more common, using a plural verb has also been an acceptable option since the reign of King Alfred.

9. Similar TO, different FROM, compared WITH. Not "to" used for all of them!
Susan, Brisbane, Australia

NOTE: Fowler's Modern English Usage says: "The commonly expressed view that 'different' should only be followed by 'from' and never by 'to' or 'than' is not supportable in the face of past and present evidence or of logic." It adds that "compare to" is to liken and "compare with" or "compare to" is used to point out similarities and differences. The BBC News website style guide differs with Fowler's on this last point. It says that when pointing out differences, "compare with" should always be used.

[...]

11. I find the increasing, incorrect use of "literally" annoying.... "I literally went blue with anger!!" "Really?" I ask.
Ned, Wallingford

12. The proper use of "its" and "it's" seems to confound many people, with "its" being a possessive and "it's" being a contraction of "it is". I've seen this mistake made even in some rather lofty publications...
Eric, Berlin

13. It annoys me when people use "due to" when they mean "owing to". But then I'm a pedant.
Guy, London

NOTE: The BBC News website style guide says "due to" means "caused by" and needs a noun, but "owing to" means "because of" and relates to a verb. Hence, "the visit was cancelled [cancelled is the verb] owing to flooding" is correct. So too is "the flooding [flooding is the noun] was due to weeks of heavy rain".

14. As a secondary teacher, I'm beginning to despair when it comes to "they're", "there" and "their"; not to mention "to", "two" and "too". Why are we so afraid to correct these simple mistakes which make all the difference at a later stage?
Alexandra, London

15. There is also confusion over lend and borrow. I keep hearing school children asking "to lend your pencil" when what they actually mean is to "borrow" the pencil.
Ian Walton, Bedford

[...]

17. I don't like it when people say: I can go there "by foot" instead of "on foot"....the right preposition to use is ON.
Daniela, Urbana, IL

18. The usage that I find particularly irritating is that of a single noun with a plural verb, for example: "the team are happy with their victory", or "management have congratulated the workforce on the recent increase in productivity". Team is a singular noun so it should read "the team IS happy..." or "the team members ARE happy", the same applies "management HAS congratulated..." Also, what has happened to the word "versus", abbreviated "vs"? Now all we see is "v"; it is even read like that in sports announcements.
Lucia, Horndean, UK

NOTE: The BBC News website's style is that sports teams and pop/rock bands are always plural.

19. A classic confusing rule is the one that states that one is supposed never to end a sentence with a preposition. While this is easy and appropriate to follow in most cases, for example by saying "Yesterday I visited the town to which she has just moved" instead of "...the town she has just moved to", it becomes troublesome when the verb structure includes a preposition that cannot be removed from it, as in "At work I am using a new computer with which my manager recently set me up", which cannot correctly be changed to "...I am using a new computer up with which my manager recently set me".
Philip Graves, Stockholm, Sweden

20. Stadiums, as a plural of stadium, rather than stadia.
C. Matthews, Birmingham, UK

NOTE: Fowler's says that when dealing with modern sports grounds, rather than ones from the classical world, the plural is "stadiums".

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Secretários de Deus - I

Estou lendo em doses homeopáticas o livro Maravilhosa Bíblia (São Paulo: Ed. Mundo Cristão, 2008) de Eugene Peterson, tradução de Neyd Siqueira.

Comecei pela Parte II sobre Lectio Divina, uma prática a ser resgatada e da qual Peterson trata de modo bastante proveitoso.

A Parte III – “A companhia dos tradutores”, de grande interesse para nossa área, fala das traduções da Bíblia e do papel do tradutor em sua compreensão.

Há quem imagine que a tradução dos textos bíblicos é trabalho do passado remoto, encerrado com a Bíblia King James ou a versão de João Ferreira de Almeida. Mas é preciso lembrar que ainda há muitos tradutores labutando para captar com precisão as várias nuanças da Palavra em suas línguas originais e transmiti-las a nós em linguagem viva e acessível. Alguns desses tradutores, como o próprio Eugene Peterson (Bíblia The Message), têm renome internacional; outros trabalham no quase anonimato em várias partes do mundo, inclusive em solo brasileiro.

Quer sejamos ligados à área editorial ou não, é nosso privilégio como cristãos orar por esses tradutores e apoiá-los de acordo com nossas oportunidades e possibilidades.

Afinal, nas palavras do filósofo e teólogo Franz Rosenzweig: “Cada tradução é um ato messiânico que torna a redenção mais próxima”.

Abaixo, alguns trechos da terceira parte, capítulo 8 - “Os secretários de Deus”:

A grande maioria dos homens e mulheres que ouviram e/ou leram a Palavra de Deus, como revelada nas Escrituras e proclamada, o fez com a ajuda de uma vasta companhia de tradutores. Se não fosse pelo trabalho desses tradutores, a maioria deles anônima, haveria pouca leitura e menor probabilidade de se ouvir a Palavra de Deus. A Bíblia é o livro mais traduzido do mundo. […]

A tradução das Escrituras tornou-se necessária centenas de anos antes dos dias de Jesus. O mesmo aconteceu com a igreja primitiva, quando a sua língua original, o hebraico, foi gradualmente substituída na vida diária do povo de Deus, primeiro pelo aramaico, depois pelo grego.

Tradução para o aramaico

A tradução para o aramaico desempenhou um papel decisivo nos anos que se seguiram à volta de Israel do exílio babilônico, no século IV a.C. Em 583 a.C., o líder persa Ciro, que tinha idéias liberais, livrou Israel de seus anos de exílio, permitindo que o povo voltasse à terra natal, na Palestina. O aramaico era a língua oficial do império perda […] os idiomas que incluíam o hebraico de Israel foram postos de lado pelo aramaico, a língua oficial do governo e do comércio. […]

Temos um vislumbre do início desse processo de transformação do hebraico para o aramaico na história de Esdras e Neemias. […] [que] haviam viajado das regiões orientais do império persa para Jerusalém a fim de encorajar os desmoralizados judeus, que haviam retornado do exílio na Babilônia. […]

Esdras levou consigo uma cópia da Lei de Moisés escrita em hebraico original. […]

Havia, porém, um problema. O povo, que perdera o contato com o próprio passado, também se distanciara de sua língua, o hebraico; embora a maioria deles certamente a compreendesse, não era mais a língua materna. […] As pessoas tinham sido criadas falando aramaico. […]

Aparentemente, o grande empreendimento de recuperação da identidade almejado por Esdras exigia a ajuda de intérpretes. Por sorte, os levitas, a classe sacerdotal responsável por manter contato com suas raízes mosaicas, continuaram bons conhecedores do hebraico. Assim, enquanto Esdras lia o rolo escrito em hebraico, treze levitas colocados estrategicamente no meio da congregação reunida, ficavam “interpretando-o e explicando-o, a fim de que o povo entendesse o que estava sendo lido” (Ne 8:8).

“Explicando-o” não era, provavelmente, uma tradução no sentido estrito do termo, mas uma ajuda ao povo, ao explicar e interpretar o que Esdras lia naquele texto longo, negligenciado e, agora, pouco familiar. […] foi uma iniciativa que fez mais do que simplesmente fornecer termos equivalentes às palavras lidas naquele dia. O trabalho de tradução interpretativa dos levitas envolveu a vida, o coração e a alma, e não apenas a mente do povo: a princípio, as pessoas choraram e depois se regozijaram, “pois agora compreendiam as palavras que lhes foram explicadas” (Ne 8.9-12). Esse é o resultado pretendido pela verdadeira tradução: provocar o tipo de compreensão que envolve a pessoa inteira em lágrimas e riso, coração e alma, naquilo que é escrito e é dito.

To be continued...

Leia a sinopse, um trecho do livro e comentários no site da Editora Mundo Cristão.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

O preço por lauda é R$20, graças ao bom Deus. Amém, irmão?


Semana passada, li um texto de tema controverso mas de implicações muito práticas: Cristãos que procuram dar seu testemunho de forma indireta. Há quem acredite que vale tudo: adesivo nos cadernos, capacete, bicicleta, carro (p.ex.: “Em caso de arrebatamento, este veículo ficará desgovernado” ou “Rastreado pelo Espírito Santo”), "camiseta confessional", Bíblia tamanho família debaixo do braço, mesa do escritório que mais parece um formigueiro de tanta parafernália do Smilingüido, capacho “Jesus Te Ama” na porta do apê, e por aí afora.

Mas será que desfilar feito um carro alegórico da “Unidos da Vila Gospel” corresponde ao exemplo bíblico de testemunho?
A autora questiona de maneira bastante apropriada qual é a motivação por trás desses gestos e conduz a uma reflexão saudável sobre o modo como compartilhamos (ou deixamos de compartilhar) nossa fé. Incluí trechos do artigo no final do post, mas vale a pena ler o texto completo e, especialmente, os comentários dos leitores.

E nós com isso?

O tradutor cristão que trabalha com clientes “seculares” (essa divisão é conversa para outro dia) pode se perguntar quais são as maneiras apropriadas de falar de Cristo nesse contexto. Não sei como é com você, mas no meu contato com editoras não-cristãs, tenho pouquíssimas oportunidades de falar de questões de fé. De acordo com algumas linhas de evangelismo, precisamos criar oportunidades. Como fazer isso, porém, quando conversamos três ou quatro vezes por e-mail com um cliente e depois nunca mais falamos com ele? Ainda estou tentando descobrir a resposta.

“O ser humano é pecador e não pode salvar-se a si mesmo. A vida eterna é um presente que Deus nos dá porque Jesus morreu na cruz por nossos pecados e nos proporciona gratuitamente um lugar no céu. Precisamos aceitar esses fatos pela fé, confiando em Jesus Cristo para a vida eterna”.

Eis a mensagem mais preciosa e importante que podemos transmitir a alguém. Leva pouco mais de 10 segundos para dizer as palavras, mas não é tão simples assim… Ou será que é?

Enquanto não chego a uma conclusão (sugestões são bem-vindas), procuro compartilhar minha fé com as pessoas que tenho menos contato das seguintes formas:
1. Por meio deste blog.
2. Cartões de Páscoa, Natal, Ano Novo, etc (de preferência, acompanhados de cookies ou brownies).
3. PRINCIPALMENTE, pedindo que Deus me ajude a viver a mensagem de 10 segundos ao longo das horas do dia: práticas honestas, cumprimento de prazos, preços justos, e por aí afora.

Como você compartilha sua fé no local de trabalho?

Secondhand Faith
by Holly Vicente Robaina
We can’t expect T-shirts, jewelry, and bumper stickers to do all the work.
[...]
I've often wondered why some Christians wear "Jesus" T-shirts and cross necklaces. I'm not sure what people hope to convey with bumper stickers reading, "In case of rapture, this car will be unmanned."
I suspect many believers think their T-shirts and the like will attract non-believers to Jesus. I've heard Christians refer to their inspirational paraphernalia as "conversation starters" for the purpose of evangelism. But do these things actually serve as icebreakers for real conversation? Or do they just make us feel we've witnessed, without ever saying a word?
This "secondhand evangelism" doesn't seem very effective. [...]
T-shirts and other Christian paraphernalia may have a similar effect: repelling rather than inviting. We've all probably seen the "Darwin" version of the Christian ichthus (the fish symbol), or the bumper sticker reading, "In case of rapture, can I have your car?" The existence of antisymbols and slogans proves many people find Christian paraphernalia offensive. Certainly, we're not wrong to represent faith through our possessions. But we too often let symbols serve as the sole representation of our faith. When our next-door neighbors think about us, they should see us as the ones who say "Hello" every day. The ones who bring a plate of cookies at Christmas. The ones who volunteer to baby-sit or pick up their mail when they're on vacation. We shouldn't simply be the adjacent house's inhabitants who have a fish sticker on our minivan.
Our desire to display Christian paraphernalia may come from a good place. We want people to see what God's done in our lives. We want others to experience the difference Jesus can make in theirs. But we need to do more than just wear our faith on our sleeves, around our necks, or on our bumpers. We need to make ourselves available for real conversations, and pray God uses our lives and words to speak to others. […]

1) If you wear or display Christian paraphernalia, what are your reasons for doing so?
2) Do your actions back up your symbolic statement?
3) Is your witness limited to these displays, or are you having real conversations about your faith? How well do friends, co-workers, and neighbors who aren't Christians know you personally, and how well do you know them?

It's also important for Christians to consider how their bumper stickers/t-shirts/etcetera are perceived. In my opinion, there are some slogans that are clearly offensive, damaging, and not God-honoring (e.g. "Turn or Burn"). Again, we need to consider our actions. Are we acting in love? Or are we displaying Christian words and symbols out of pride, to incite, or to express superiority to non-believers?
Even if we're not wearing a "Jesus" t-shirt, we must continually ask ourselves: Do our words and actions reflect our faith in God? Are we "prepared to give an answer to everyone who asks you to give the reason for the hope that you have" and doing this "with gentleness and respect" (1 Peter 3:15, emphasis mine)? These are very important questions for every Christian to consider.